PROJETO ROMEU E JULIETA

PROJETO ROMEU E JULIETA
Grupo Teatral ACTO

NOTÍCIAS SOBRE O PROJETO

sábado, 12 de maio de 2007

ATORES SELECIONADOS

Abaixo, relacionamos a lista dos atores selecionados para compor o elenco da peça Romeu e Julieta. Àqueles que não foram selecionados, mantivemos o cadastro para possível repescagem.
Parabéns a todos e obrigado pela participação e empenho.
1. Aldebaran Bastos
2. André Gustavo
3. André Sobral
4. André Oliveira
5. Carla Correa
6. Cláudia Bispo
7. Darci Rocha
8. Diogo Avlis
9. Douglas Gambarô
10. Fátima Jorge
11. Felipe Sobral
12. Gabrielle Sousa
13. Georgina Mota
14. Giovani Ramalho
15. Hugo Garcia
16. Ingrid Lopes
17. Irlana Patrocínio
18. Jaqueline Louzada
19. Leonardo Arruda
20. Leandro Cunha
21. Mercilla Pereira
22. Michelle Rêgo
23. Marcelo Atahualpa
24. Paulo Taboada
25. Rhaiza Mattos
26. Rafael Kássius
27. Roberto Martins
28. Row Di Nelli
29. Salvadora Ferreira
30. Samara Azevedo
31. Shirlei de Souza
32. Sheila Viana
33. Wanderléia Soares

segunda-feira, 7 de maio de 2007

AUDIÇÃO - Orientações para o teste

Esses são os trechos para as pessoas decorarem para a audição. As orientações a seguir devem ser passadas para elas.

· Quem for fazer o teste para ROMEU e JULIETA, deverá decorar os dois trechos que estou enviando;
· Quem for fazer o teste para MERCÚCCIO só precisa decorar o trecho correspondente ao personagem;
· Quem for fazer o teste para qualquer outro papel masculino, inclusive FREI LOURENÇO , deverá escolher um dos trechos do FREI LOURENÇO;
· Quem for fazer o teste para qualquer outro papel feminino, deverá fazer o trecho da AMA.

AMA - Texto para o teste

AMA - Por minha fé, adeus! Diga-me, meu senhor, quem é esse tipo desavergonhado, que só traz velhacarias na cabeça? Ah! Se ele me diz seja o que for! Eu o derrubo ao chão mesmo que seja mais forte do que parece, nem que ele valesse por vinte bobos de sua espécie. E se eu não puder, tenho quem faça por mim! Sem vergonha! Ordinário! Pensa que eu sou dessas vagabundas da sua laia.
(A Pedro) E tu também ficas aí quieto e deixas que qualquer um abuse de mim à vontade! Por Deus no céu, que ainda estou tão irritada, que tremo toda! Malandro! Tratante! Por favor, me dê uma palavrinha, senhor. Como lhe disse, minha ama me mandou procurá-lo. Mas o que ela mandou lhe dizer, fica comigo. Antes de tudo, deixe-me lhe dizer que se o senhor está pensando em levá-la para o paraíso dos tolos, como se diz, isso é um péssimo procedimento, porque minha ama é muito mocinha; isto a magoaria muito e não há moça que agüente isso. Minha ama é doce como ela só! Meu Deus, Meu Deus! Quando ela era uma coisinha tagarela! Oh! Na cidade há um fidalgo, um tal de Páris que bem quisera por-lhe a mão em cima! Mas aquela boa alma antes queria ver um bicho cabeludo do que ele. Às vezes, para mexer com ela, digo-lhe que Páris é o homem que lhe convém. É um Deus nos acuda! Fica branca que nem um lençol!

JULIETA - Texto para o teste

JULIETA - Adeus! Sabe Deus quando nos veremos de novo! Sinto correr-me as veias vagamente um gélido arrepio de pavor que quase esfria em mim todo o calor de vida! Eu vou chamá-las para me animar. Ama... Não, não! Para quê? Não vale a pena... Devo representar sozinha a horrível cena! Mas se a bebida não fizer efeito? Serei casada à força amanhã de manhã? Oh! Não! Porque isto impedirá tal coisa! Fica aqui. (Coloca o punhal ao seu lado) E se fosse um veneno que o frade astutamente me tivesse dado para dar-me à morte, com receio de se perder também com este outro casamento, uma vez que ele já me casou com Romeu? Quem sabe é isso? Mas não é possível! Ele foi tido sempre como um santo! E se eu, quando estiver no túmulo, acordar antes que Romeu venha me libertar? Que horror! Não morrerei acaso sufocada antes que Romeu possa chegar? Ou, se sobreviver, não é provável que, acordando antes da hora, em meio à exalação de fétidos odores, enlouquecerei, vendo-me assim cercada de tantas coisas tenebrosas? (pausa) Romeu, já vou! Eu bebo isto por ti!

JULIETA - Ó piedoso frade, onde está meu esposo? Bem que me lembro onde eu devia estar, e eis-me aqui! Onde está o meu Romeu? Mas, que é isto? Uma copa apertada na mão do meu fiel amado? É o veneno, bem vejo, que tão cedo pôs fim à sua vida! Egoísta! Bebeu tudo, sem deixar ao menos uma gota para mim! Eu beijarei teus lábios! Talvez neles ainda reste um pouco do veneno que possa salvar-me ao me matar! (Beija-o) Teus lábios ainda estão quentes! Já estão vindo? Então, me apressarei. Abençoado punhal! (Pega o punhal de Romeu) Eis a tua bainha! (Apunhala-se) Cria ferrugem nela e deixa-me morrer!

FREI LOURENÇO - Texto para o teste

(Escolher um dos textos abaixo)

FREI LOURENÇO - Retém teu gesto louco! És homem mesmo? Tu me espantas assim! Voltas contra ti mesmo a tua própria fúria? Mas não vês que também, matando-te, tu matas tua esposa, que vive em ti? Julieta está viva! Apesar de tudo, ainda tens sorte. Teobaldo queria te matar e foste tu, no entanto, que o mataste. A lei te condenava à morte, porém, fez-se indulgente e apenas te exilou; pura sorte também! Mas olha lá! Deves partir antes do toque da alvorada, senão não poderás seguir para Mântua, onde deves ficar, até que eu ache ocasião de revelar teu casamento, de reconciliar vossas famílias e de obter o perdão do Príncipe e, por fim, de te fazer voltar mil vezes mais feliz. Ama, vai antes. Dá lembranças a Julieta e diz-lhe que faça com que todos deitem cedo. O desgosto sofrido os há de predispor para o descanso. Romeu irá depois.

FREI LOURENÇO - Detém-te, minha filha! Entrevejo um vislumbre de esperança, mas cuja execução é tão violenta quanto à execução daquilo que queremos evitar. Se para não casar com o conde Páris tu és capaz até de te matares, é provável que tu, que até a morte afrontas para afastar de ti uma desonra, sejas capaz também, para fugir a ela, de um sacrifício semelhante à morte. Se ousares isso, eu poderei salvar-te. Pois bem. Vai para casa e finge-te contente, consentindo no teu casamento com Paris. Amanhã, não deixe que a Ama durma no teu quarto. Toma este frasco, bebe todo o licor que ele contém, e logo sentirás correr por tuas veias uma fria e letárgica umidade. Teu pulso deixará de bater; nem o calor do corpo, nem a respiração atestarão que vives. E, sob esta aparência enganosa de morte, tu permanecerás quarenta e duas horas. Depois despertarás como de um sono calmo. Antes disso, porém, serás levada para o mausoléu onde dormem em paz os Capuletos. Mas neste meio tempo, antes que tu despertes, Romeu, a quem por carta eu comunicarei o nosso plano, chegará aqui. Nós vigiaremos o teu despertar e, nessa mesma noite, ele te levará para Mântua. É este o único modo que te pode livrar da desonra iminente. Isso, se nenhum receio vier enfraquecer tua coragem no momento de agir.

ROMEU - Texto para o teste

ROMEU - Ri-se da cicatriz quem nunca foi ferido. (Julieta aparece na janela) Mas, silêncio! Que luz será aquela que brilha na moldura da janela? É Julieta, o sol resplandecente! Surge, sol! Mata a lua ciumenta que já desmaia pálida de inveja, por ver que tu és mais bela do que ela. É a minha amada, é o meu amor! Se ela soubesse o que é para mim! Está falando... Mas não ouço nada... Ah! Já sei! São seus olhos! Eles falam! Vou responder. Mas que ousadia, a minha! Se não é para mim que estão falando! Foram duas estrelas das mais belas do céu, que tendo que se ausentar, pediram aos seus olhos que brilhassem em seu lugar. Mas seus olhos no céu derramariam tal luminosidade pelo espaço, que julgando que a noite havia terminado, todos os passarinhos cantariam! Que modo de apoiar o rosto sobre a mão! Quem me dera ser a luva dessa mão para poder tocar aquele rosto!

ROMEU - Meu amor! Minha esposa! A morte que sugou o mel do teu alento, ainda não dominou tua beleza! Tu não foste vencida! As cores da beleza ainda pintam tuas faces e teus lábios! Teobaldo, és tu quem jaz nesta sangrenta mortalha? Que maior favor posso fazer por ti do que, com esta mão que cortou em flor a tua juventude, decepar aquele que foi teu inimigo. Perdoa-me, primo. Ah! Julieta querida, como podes estar tão bela ainda? Será que esse fantasma esquálido da morte, esse fantasma odioso, enamorou-se de ti e te conserva nesta treva para fazer de ti a sua amante? Por temer isso é que eu quero ficar contigo! E nunca, nunca mais deste noturno palácio tenebroso sairei! É aqui, é aqui que habitarei, junto aos vermes, aqui descansarei no meu repouso eterno. Olhos, o último olhar! Braços, o último abraço! Lábios, portas do alento, um legítimo beijo para selar com a morte insaciável um contrato sem termo. Ao meu amor! (Bebe o veneno) Honesto Boticário, teu veneno é eficaz! Morro com um beijo!

MERCÚCIO - Texto para o teste

MERCÚCIO - Dêem-me um estojo onde guardar meu rosto! (dão-lhe uma máscara) Ó máscara, mascara-te com outra! Agora o que me importa que um curioso queira esmiuçar minhas deformidades? Aqui está a cara carrancuda que corará por mim... Pelo que vejo, foste visitado pela rainha Mab. Ela é a parteira entre as fadas. E é tão pequenina como a ágata do anel que os conselheiros usam no indicador. Puxada por parelhas de minúsculos átomos passeia por cima do nariz dos dorminhocos. Feitos de pernas longas de tarântulas são os raios da rodas de seu carro; de asas de gafanhotos, a coberta; as rédeas são da teia de uma aranha; de úmidos raios de luar, o arreio; o osso de grilo, o cabo do chicote; e o próprio açoite com um fio de cabelo; a carruagem é uma metade de avelã vazia. Ela galopa todas as noites através dos cérebros dos amantes que então sonham com o amor. Pelos lábios das damas elegantes que se põem a sonhar logo com beijos. É essa mesma Mab que, de noite, trança as crinas dos cavalos e cola a cabeleira dos duendes em feios nós, os quais, desatados auguram má sorte. Ela é a bruxa que aperta as moças que se deitam de costas e lhes ensina a agüentar o peso dos homens... Mas só falo de sonhos, filhos de um cérebro ocioso, os quais, inconsistentes como o ar, são inconstantes como o próprio vento...