PROJETO ROMEU E JULIETA

PROJETO ROMEU E JULIETA
Grupo Teatral ACTO

NOTÍCIAS SOBRE O PROJETO

segunda-feira, 7 de maio de 2007

ROMEU - Texto para o teste

ROMEU - Ri-se da cicatriz quem nunca foi ferido. (Julieta aparece na janela) Mas, silêncio! Que luz será aquela que brilha na moldura da janela? É Julieta, o sol resplandecente! Surge, sol! Mata a lua ciumenta que já desmaia pálida de inveja, por ver que tu és mais bela do que ela. É a minha amada, é o meu amor! Se ela soubesse o que é para mim! Está falando... Mas não ouço nada... Ah! Já sei! São seus olhos! Eles falam! Vou responder. Mas que ousadia, a minha! Se não é para mim que estão falando! Foram duas estrelas das mais belas do céu, que tendo que se ausentar, pediram aos seus olhos que brilhassem em seu lugar. Mas seus olhos no céu derramariam tal luminosidade pelo espaço, que julgando que a noite havia terminado, todos os passarinhos cantariam! Que modo de apoiar o rosto sobre a mão! Quem me dera ser a luva dessa mão para poder tocar aquele rosto!

ROMEU - Meu amor! Minha esposa! A morte que sugou o mel do teu alento, ainda não dominou tua beleza! Tu não foste vencida! As cores da beleza ainda pintam tuas faces e teus lábios! Teobaldo, és tu quem jaz nesta sangrenta mortalha? Que maior favor posso fazer por ti do que, com esta mão que cortou em flor a tua juventude, decepar aquele que foi teu inimigo. Perdoa-me, primo. Ah! Julieta querida, como podes estar tão bela ainda? Será que esse fantasma esquálido da morte, esse fantasma odioso, enamorou-se de ti e te conserva nesta treva para fazer de ti a sua amante? Por temer isso é que eu quero ficar contigo! E nunca, nunca mais deste noturno palácio tenebroso sairei! É aqui, é aqui que habitarei, junto aos vermes, aqui descansarei no meu repouso eterno. Olhos, o último olhar! Braços, o último abraço! Lábios, portas do alento, um legítimo beijo para selar com a morte insaciável um contrato sem termo. Ao meu amor! (Bebe o veneno) Honesto Boticário, teu veneno é eficaz! Morro com um beijo!

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