JULIETA - Adeus! Sabe Deus quando nos veremos de novo! Sinto correr-me as veias vagamente um gélido arrepio de pavor que quase esfria em mim todo o calor de vida! Eu vou chamá-las para me animar. Ama... Não, não! Para quê? Não vale a pena... Devo representar sozinha a horrível cena! Mas se a bebida não fizer efeito? Serei casada à força amanhã de manhã? Oh! Não! Porque isto impedirá tal coisa! Fica aqui. (Coloca o punhal ao seu lado) E se fosse um veneno que o frade astutamente me tivesse dado para dar-me à morte, com receio de se perder também com este outro casamento, uma vez que ele já me casou com Romeu? Quem sabe é isso? Mas não é possível! Ele foi tido sempre como um santo! E se eu, quando estiver no túmulo, acordar antes que Romeu venha me libertar? Que horror! Não morrerei acaso sufocada antes que Romeu possa chegar? Ou, se sobreviver, não é provável que, acordando antes da hora, em meio à exalação de fétidos odores, enlouquecerei, vendo-me assim cercada de tantas coisas tenebrosas? (pausa) Romeu, já vou! Eu bebo isto por ti!
JULIETA - Ó piedoso frade, onde está meu esposo? Bem que me lembro onde eu devia estar, e eis-me aqui! Onde está o meu Romeu? Mas, que é isto? Uma copa apertada na mão do meu fiel amado? É o veneno, bem vejo, que tão cedo pôs fim à sua vida! Egoísta! Bebeu tudo, sem deixar ao menos uma gota para mim! Eu beijarei teus lábios! Talvez neles ainda reste um pouco do veneno que possa salvar-me ao me matar! (Beija-o) Teus lábios ainda estão quentes! Já estão vindo? Então, me apressarei. Abençoado punhal! (Pega o punhal de Romeu) Eis a tua bainha! (Apunhala-se) Cria ferrugem nela e deixa-me morrer!
PROJETO ROMEU E JULIETA
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segunda-feira, 7 de maio de 2007
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